sábado, 9 de junho de 2012

Relatório do trabalho

Relatório


Nesta unidade de trabalho, como decidimos trabalhar o vazio e o cheio dividimos um espaço em duas partes distintas, uma coberta de fotografias e outra simplesmente branca. Sendo assim, a construção deste projecto passou por várias fases.
A primeira fase do projecto foi encontrar um espaço, fora da escola, que tornasse possível a realização do trabalho. Apesar de termos procurado em variados lugares da cidade, como por exemplo: o Restaurante Rotas, Teatro Micaelense, etc.. acabámos por achar a Casa Descalça o local mais apropriado.
A segunda etapa do trabalho foi fotografar o máximo possível, tendo sempre em atenção os contrastes de quantidade e de cor. Apesar de termos conseguido cerca de quatro mil fotografias, foram apenas seleccionadas duzentas e cinquenta destas.
Posteriormente foi necessário tornar o espaço vazio totalmente branco. Uma vez que a sala continha azul e amarelo à volta das janelas, houve necessidade de cobrir com papel de cenário pintado com tinta plástica branca.
Seguiu-se a impressão de cerca de mil e cem fotografias, que apesar de ser um grande número conseguimos encontrar uma solução. Sendo o custo elevado, pedimos apoios a várias entidades, mas apenas a Papelaria Tal, que nos forneceu papel autocolante transparente, o Crédito Agrícola, que nos ajudou financeiramente com cem euros, e a Antena 1 Açores, que nos convidou para uma entrevista a fim de divulgar o projecto final, aceitaram o apoio.
Numa última fase começamos a montagem. Dada a dimensão do projecto, esta teve inicio uma semana antes da data de inauguração, para que tudo estivesse concluído no dia previsto, visto que um elemento do grupo não se encontrava presente. No geral, com muito esforço, trabalho e dedicação, o resultado final correspondeu às nossas expectativas.
Em retrospectiva, um dos aspectos que deveriam ter sido pensados com mais antecedência é a questão dos pedidos de apoio. Para além disso, se nos fossem concedidas mais apoios financeiros, ou impressões e mais tempo, em vez de cobrir com papel de cenário os detalhes da lareira, janela e das prateleiras, revestia-mos todos os pormenores com fotografias.
No final e à medida que as fotografias foram sendo colocadas no quarto, fomo-nos apercebendo do impacto que estas estavam a ter. Essa percepção de cheio acabou por ser mais significativa do que o esperado, durante a construção assemelhava-se a uma onda que consumia o espaço e que vinha na nossa direcção.
Durante os sete dias de montagem, enfrentamos diversas dificuldades. O principal problema era colocar as fotografias sem danificar a pintura do espaço, desta forma utilizamos fita-cola de pintor. O facto de temos de partilhar a sala com outro artista foi também determinante para o resultado final. Outro obstáculo com que nos deparamos foi a colocação das impressões no tecto, pois para além de ser muito alto não é direito. Um dos aspectos que nos desmotivou, também, foi o facto de a nossa própria escola nos ter negado apoio, o que no nosso entender é absurdo, visto que esta deveria ter sido a primeira a incentivar-nos e apoiar-nos.
Todos os prazos foram cumpridos, tanto os da inauguração, como os da entrega do projecto, cartaz, guia e convite. Tudo isto foi apenas possível dado o esforço de cada uma.
No dia da inauguração foi possível observar reacções muito positivas por parte não só das Descalças, mas também de todas as pessoas que compareceram no evento. As reacções foram de tal modo positivas que nos foi proposto manter a instalação durante mais tempo. Sendo assim, a instalação esteve aberta ao público durante seis dias (29 de Maio a 3 de Junho), em vez de apenas três (29 de Maio a 1 de Junho).

Guia, convite e cartaz da instalação



sábado, 2 de junho de 2012

Fotografias tiradas ao longo do trabalho


































(fotografias da máquina da Mariana)

Fotografias do espaço



















Panfleto

Projeto


Nesta unidade de trabalho foi nos propostos a realização de uma instalação artística. Sendo assim, escolhemos como conceito “ o vazio e o cheio”.
            É curioso, o cheio e vazio são um puro paradoxo, pois na realidade o vazio é mais cheio de conceitos e definições que o próprio cheio. Quando pensamos na palavra “vazio” imaginamos um espaço que não contém nenhum corpo material, mas na verdade pode ser muito mais. Diz-se que uma pessoa se sente vazia no momento em que experiencia sentimentos de angústia, saudade, falta de algo ou até mesmo tristeza profunda. Podemos também chamar uma pessoa de vazia quando se demonstra fútil e apenas preocupada com bens materiais.
Como contraste, a palavra “cheio” remete-nos para um espaço fechado recheado objectos dentro. Num sentido mais metafórico poderíamos pensar também que "cheio" significa alguém que se sente completa e em perfeito bem-estar consigo mesma.
Para conseguir este efeito pretendemos construir um espaço dividido em duas partes, uma parte vazia de sentidos e outra repleta deles. Na parte vazia apenas se encontram as paredes, tecto e chão despidos de cor, sendo portanto brancos. Por oposição, no lado cheio todo o espaço será coberto de fotografias que nos remete para os cinco sentidos. Enquanto que o lado vazio nos dá a sensação de frio e desconforto o lado cheio torna-se mais pequeno e claustrofóbico.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Instalação com livros

Nick Georgiou

As incríveis esculturas de papel de Nick Georgiou





Nick Georgiou é um artista norte-americano que cria completas obras de artes e retratos a partir de papel jornal, folhas de livros antigos e cola. Com esses elementos o artista dá asas à imaginação a fim de dar vida às folhas de jornais e livros antigos através da arte. O artista esculpe, assim, imagens de pessoas e de outros seres esquisitos. Suas obras já foram expostas em Black Rat Press e na Galeria Moder Andipa, em Londres. Conheça mais do trabalho de Nick Georgiou visitando sua página web.